terça-feira, 19 de abril de 2011

Te olhos nos olhos
E você reclama
Que te olho muito profundamente.
Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente!

Eu te ensinei quem sou
E você, foi me tirando
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.

Eu que sempre fui livre
Não importava o que os outros dissessem,
Até onde posso ir pra te resgatar?

Reclama de mim,
Como se houvesse a possibilidade
De eu me inventar de novo.

Desculpa,
Se te olho profundamente,
Rente à pele
A ponto de ver seus ancestrais nos seus traços,
A ponto de ver a estrada muito antes dos teus passos.

Eu não vou separar
As minhas vitórias
Dos meus fracassos.
Eu não vou renunciar a mim
Nenhuma parte,
Nenhum pedaço
Do meu ser vibrante,
Errante,
Sujo,
Livre,
Quente.

Eu quero estar vivo
E permanecer-te olhando
Profundamente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário