Livro: Jesus, o maior psicólogo que já existiu

Após ler "Madalena o último tabu no Cristianismo", tomei este livro para ler, uma contradição. Concluindo há algumas semanas sua leitura, exponho aqui alguns ensinamentos e também críticas que pude retirar deste livro.

De autoria do Ph.D. Mark W. Baker, "Jesus, o maior psicólogo que já existiu" relata-nos como os ensinamentos de Jesus Cristo podem nos ajudar a resolver os problemas do cotidiano e aumentar nossa saúde emocional.

Mark Baker foi capaz de extrair novos significados do conhecimento científico, empregando-os em seu trabalho como terapeuta", isso foi tido por mim como interessante, pois em nossos dias é quase impossível algum médico, ou cientista, utilizar-se da linguagem religiosa, em seu meio de trabalho.

O livro consta de duas partes principais e essenciais (Primeira Parte: Entendendo as pessoas & Segunda Parte: Conhecendo a si mesmo), segundo os psicólogos, para poder ver em 'harmonia' com o mundo, ou seja, entender as pessoas e conhecer a si próprio.

Jesus certamente entendia as pessoas, pois Ele influenciou de forma assaz considerável a história da humanidade. Ele compreendia de modo profundo as pessoas, por isso elas as quisessem ouvi-lo e de certa forma, seguir seus ensinamentos.

Por tempo, os psicanalistas e religiosos possuíam um mútuo preconceito de parte a parte, tanto da psicologia com a religião, quanto a religião com a psicologia. Este talvez seja o maior problema de na história haver tantos conflitos e tão poucos avanços em ambas as áreas, pois já dizia o grande cientista Einstein: "A ciência sem a religião é manca, a religião sem a ciência é cega.", acredito pois, que a ciência e a religião deveriam viver em harmonia e saberem, que uma precisa da outra, assim como numa cadeia alimentar onde um animal necessita de outro e dessa forma, mantém-na em equilíbrio.

Mas essa distância está cada vez mais se estreitando, em especial neste campo da psicologia, pois psicólogos contemporâneos reavaliam as ideias de Freud em relação a religião, da qual ele considerava que a religião é uma muleta que as pessoas usam para lidar com seus sentimentos de desamparo.

Mark examina algumas das parábolas de Jesus e de onde aprende algo novo a respeito da sabedoria de Jesus à luz do pensamento psicológico contemporâneo, fazendo assim uma abordagem original da relação entre ciência e religião, ligando os principais ensinamentos de Jesus as recentes descobertas da psicologia.

Um importante fato, é que o autor explicita bem cada situação que começa com um trecho bíblico e em seguida uma reflexão, explicação, sobre o mesmo depois ele partilha um acontecimento relatado vida profissional ou pessoal e, ao término de cada reflexão sobre esse acontecimento, ele tira e focaliza a mensagem principal que quer passar através disto, deixando um princípio espiritual.

São muitos os ensinamentos que pude extrair deste livro, e o aconselho a todas as pessoas, indiferente de credo e pensamento filosófico, os principais que aqui coloco são:

• Aprendemos as verdades mais profundas através de nossos relacionamentos.
  
• Ao julgar os outros, nós nos condenamos.
  
• As pessoas sábias estão sempre abertas a novas ideias e crenças, e até a respeito de si mesmas.
  
• Quando achamos que já chegamos, paramos de avançar.
  
• As pessoas sábias estão sempre preparadas para mudar de ideia e de atitude; as tolas, jamais.
  
• O problema não é a religião, e sim a rigidez religiosa.
  
• O amor cura.
  
• O ódio aos outros frequentemente é sintoma de uma ferida interna em nós mesmos.
  
• Não mude para ser amado; cresça a partir do que você é.
  
• Venerar a própria mente é servir a um deus muito pequeno.
  

Uma frase bíblica, citada pelo autor, que me chamou muito atenção, foi a do primeiro capítulo, sendo esta: "A sabedoria é demonstrada pelas suas ações." (Mateus 11,19).

 

Está aí, um livro bom a ser lido.